Espaço para interação de cidadãos e cidadãs interessados no debate de políticas públicas para a cultura no município de Santa Cruz do Sul

sábado, 31 de janeiro de 2009

ESCLARECIMENTO

Meus caros, ainda não fiz os convites para que os presentes na reunião de 21 de janeiro passem a ser autores do blog porque ainda não recebi a lista de presenças para copiar os endereços eletrônicos. Como vocês devem lembrar, quando precisei sair da reunião o Neidmar pediu para ficar com a lista e eu a deixei com ele. Depois disso já fiz um pedido aqui no blog e também enviei um e-mail diretamente para o Neidmar e até agora, 10 dias depois, não tive nenhum tipo de resposta. Não sei o que está havendo.
Para não ficar na dependência disso, peço a quem esteve naquela reunião e quer ser autor do blog que me envie um email para cacobaptista@gmail.com que eu os cadastrarei. Peço também que alguém me informe data e hora da reunião de fevereiro

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

edital dos Pontos de Mídia Livre

Tirado do blog do Rovai
Divulgue o edital dos Pontos de Mídia Livre
(29/01/2009 13:07)
Participei de um debate nesta tarde com Antonio Martins (Diplo Brasil), Ivana Bentes (UFRJ), Giuseppe Coco (Revista Global e Univesidade Nomade) e Altamiro Borges (Vermelho). Célio Turino, do Ministério da Cultura, responsável pelo lançamento do edital, também estava como convidado especial.

Na ocasião, discutiu-se o edital dos Pontos de Mídia Livre lançado no dia 27 último. Ele premiará 60 iniciativas de mídia livre. Sendo 10 com 120 mil reais. E 50, com 40 mil.

Considero que essa notícia e o anúncio da Conferência das Comunicações colocam o debate sobre o fortalecimento da diversidade informativa em outro patamar.

No debate, Célio Turino afirmou que se o número de inscritos for muito grande e se o MinC tiver recursos, a quantidade de premiados pode aumentar.

É obrigação nossa fazer com que o número de inscritos seja imenso. Por isso esse edital precisa ser divulgado ao máximo. Ele está na página do Cultura Viva do MinC: http://www.cultura.gov.br/site/2009/01/27/edital-premio-pontos-de-midia-livre/.

Além disso, também devemos fazer com que essa ação do MinC se multiplique. É preciso apresentar essa idéia para prefeitos e governadores e estimulá-los a fazer prêmios regionais.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Exposição Grupo Contra - Senso

Nós Artistas, produtores na área das Artes, Grupo Contra-Senso ,convidamos os participantes deste fórum, a colaborar connosco, estamos buscando de patrocínio para nossa exposição que se realiza no MASC, com abertura para o dia 09/02- segunda -feira,vernissage (coquetel)para o dia 13/02 sexta feira, com a participação de todos os Artistas, e todos estão convidados a participarem.
Qualquer manifestação entrar em contato com o e-mail: grupocontrasenso@gmail.com.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Uma contribuição sobre o conceito de Mídia Livre

Tirei isto do blog do Rovai, é a sua intervenção numa mesa do Fórum Social Mundial. Ele fala sobre comunicação, especialmente mídia livre, mas pode-se aplicar suas idéias para a cultura em geral. Ele fala em trabalho voluntário/militante e na busca de novas formas de financiamento. Vale a pena ler o texto inteiro no endereço aí embaixo: http://www.revistaforum.com.br/sitefinal/blog/texto_blog.asp?id_artigo=6022

Como isca, duas passagens:
" Quanta gente em todos os cantos do Brasil e do mundo não está trabalhando de graça para contestar as versões dos conglomerados midiáticos? Quanta gente não está fazendo rádio livre e comunitária nas favelas brasileiras para poder levar prestação de serviço e opções de cultura e lazer diferenciadas para milhões de pessoas? Quanta gente não está fazendo produções em vídeo e construindo um registro alternativo dos nossos tempos ao postá-las, por exemplo, no youtube? Quanta gente sem ganhar nada não tornou a Wikipédia em um enorme manancial de informação?
Os midialivristas fazem comunicação porque a entendem como direito humano. As pessoas querem se comunicar, dizer o que pensam, opinar. Elas precisam fazer isso para se sentirem participes de uma sociedade democrática.
Até porque sem uma ampla diversidade informativa, a democracia se apequena. Torna-se de grupos, de poucos."


"Vamos ter uma mesa neste FSM onde será lançado o edital de criação dos Pontos de Mídia Livre e dos Laboratórios de Mídia Livre. Trata-se de um novo modelo de financiamento de veículos de informação que terá o apoio do Ministério da Cultura. Poderão se inscrever organizações e pessoas físicas. E os veículos serão julgados por uma comissão que vai avaliar o interesse público daquele produto. Isso muda a lógica da repartição dos recursos. É uma construção inspirada nos Pontos de Cultura, que a partir de agora também poderão se reivindicar Pontos de Mídia Livre. É algo novo e que precisa ser discutido por todos nós para que possa vir a ser, inclusive, melhorado e ampliado.
Por que não se pode repetir essa construção em governos de estados e prefeituras?".

Mais editais de apoio a projetos na área da cultura

Olha aí pessoal, a rede funcionando. Recebi est mensagem do Iran e passo para vocês. Quem se habilita a fazer uma pesquisa acadêmica sobre a cultura? Precisa estar fazendo mestrado. Atenção aos interessados, pois as inscrições vão até 31 de março de 2009


Edital PRÓ-CULTURA Capes/MinC - apoio à pesquisa em cultura

O Edital nº 7/2008 - Capes/MinC - faz parte do Programa Pró-Cultura e
irá conceder 48 bolsas de ensino para estudantes de mestrado (stricto
sensu) e para pesquisas na área cultural
.

O programa é fruto de um trabalho conjunto entre a Secretaria de
Políticas Culturais do Ministério da Cultura (SPC/MinC) e a Capes e
visa fomentar a pesquisa universitária, bem como o aperfeiçoamento e a
formação de pessoal de nível superior em Cultura. O valor das bolsas a
serem concedidas é de R$ 1.200,00, cada uma.


As inscrições estão abertas até 31 de março de 2009 e deverão ser
feitas por instituições de ensino superior.


A divulgação dos selecionados será realizada a partir de abril de 2009.

As áreas temáticas da Cultura prioritárias para o desenvolvimento das
pesquisas são: Cultura, Arte e Novas Tecnologias; Cultura,
Manifestações Artísticas e Conhecimentos Tradicionais; Cultura,
Memória e Patrimônio; Cultura Populações e Territórios; Cultura,
Cidadania e Inclusão Social; Cultura, Estado, Legislação da área de
Cultura e Políticas Públicas; Cultura, Economia e Desenvolvimento; e
Cultura, Globalização e Diversidade.


A preferência para a seleção dos bolsistas, conforme o edital, será
dada a projetos que promovam o diálogo e a interação das pesquisas com
os conhecimentos da cultura tradicional do país; promovam a
articulação das universidades com empresas; realizem a apresentação de
conteúdos em formatos audiovisual e/ou digital; façam a divulgação dos
resultados em seminários, oficinas e eventos culturais, entre outros
aspectos.

Conheça o edital:

Edital PRÓ-CULTURA Capes/MinC
http://www.cultura. gov.br/site/ wp-content/ uploads/2008/ 11/edital_ minc_capes. pdf

Projetos culturais para financiamento do BID

Organizações sociais dos 26 países da América Latina e Caribe - membros do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) - podem enviar projetos para financiamento de propostas com enfoque cultural. A seleção destina U$ 3 a 10 mil para iniciativas de desenvolvimento cultural de pequena escala. Os projetos devem contribuir para os valores culturais, estimular a atividade econômica e social de forma inovadora e bem-sucedida, apoiar a excelência artística e contribuir para o desenvolvimento dos jovens e da comunidade. O Centro Cultural do Banco Interamericano de Desenvolvimento pode financiar até dois terços de um projeto. As organizações locais serão responsáveis por proporcionar o resto dos recursos e apoiar o projeto de modo sustentável. Os projetos serão avaliados de acordo com sua viabilidade, alcance educativo, uso eficaz de recursos, capacidade de mobilizar recursos financeiros adicionais e impacto de longo prazo sobre a comunidade. A convocatória faz parte do Programa de Desenvolvimento Cultural, concebido para estimular o desenvolvimento de projetos inovadores, preservar e recuperar tradições e conservar o patrimônio cultural, entre outros objetivos.
Período: até 31 de janeiro.
Mais informações em
http://www.iadb.org/NEWS/detail.cfm?language=English&id=4788

ainda em avaliação a reunião do dia 21 de janeiro

Esta postagem é só para lembrar a todos que, abaixo a longuíssima postagem sobre o conceito de cultura, dei início à uma série de avaliação da nossa reunião, a qual recebeu um comentário precioso do Iran Pas. Esta avaliação continua aberta e convido a todos a se manifestaem dizendo como pensam que deveos dar continuidade ao fórum. Além do coentário do Iran (que coloquei em destaque na postagem anterior, recebemos também dois comentários de anônimos que nos ajudam a pensar o foco do nosso fórum:

Comentários
Anônimo disse...

Sob o ponto de vista burocrático a discussão avançou. Não creio que o avanço da discução sobre o estabelecimento de um mecanismo burocráticocultural seja um real avanço para a CULTURA santacruzence. O problema principal da cultura em Santa Cruz é a sua inexistência, as pessoas em santa cruz não tem a mínima educação cultural, todas as açôes devem se voltar para o desenvolvimento de uma conciência cultural.
Acho que o ponto a ser discutido é: que ações devemos promover para que as pessoas de scs conheçam o valor da arte e assim sejam capazes de valorizar realmente seus artistas, e qual será a função do conselho de cultura nesta ação.
A cultura de um povo é medida pela capacidade de compreensão artística deste povo,
é preciso fomentar , acima de qualquer outra coisa, o desenvolvimento desta, pois se houver esta compreensão, a valorizacão da arte, dos artistas, dos eventos e instituições culturais virá naturalmente.
É evidente que a instituição do conselho é importante, mas não devemos nos esquecer de que o conselho por si só não significa avanço algum, pois é apenas uma ferramenta, que por si só não é capaz de erguer a construção da cultura em scs, ela precisará ser usada com cuidado é precisão, e preciso saber o que fazer com ela.
abraço a todos e que tenhamos cultura, acima de qualquer outra coisa, em scs.
23 de Janeiro de 2009 20:03


Anônimo disse...
Creio que é isso mesmo!
25 de Janeiro de 2009 18:30

cultura, classes, mercado

Na primeira parte a reunião do dia 21/01 foram colocadas duas questões que penso merecerem um aprofundamento: a) cultura não é mercado e b) numa sociedade de classes também a cultura assume um caráter de classe.
Estes pontos colocam em pauta o que compreendemos por cultura, e esta definição é importante quando percebemos a diversidade de participantes do fórum e vemos uma certa tensão entre uma visão que aponta a necessidade da criação de um mercado de trabalho da cultura que permita que artistas e técnicos possam viver de seu trabalho no campo cultural e uma visão que aponta para a necessidade de acolher na cultura as manifestações do modo de vida de grupos que não produzem arte ou cultura em termos profissionais. Enfim, uma tensão entre uma visão da cultura restrita à arte (que eu tenho chamado de cultura artística) e uma visão ampliada de cultura como o conjunto de expressões simbólicas de grupos étnicos e sociais. Penso que as duas visões não são excludentes e a diversidade do nosso fórum exige qu consigamos explicitar e desenvolver as duas concepções.

Cultura não é mercado
Embora tenhamos falado muito na necessidade de consolidar um mercado de trabalho na cultura e tenhamos concordado que é preciso dar condições de sobrevivência para os artistas e produtores culturais, penso que todos concordamos que se deixarmos a cultura se virar de acordo com as “leis do mercado”, tudo o que eremos é a chamada indústria cultural – produção industrializada de objetos culturais voltados para a troca no mercado, equiparando canções, filmes, novelas, livros e revistas com sabonetes, automóveis, iogurtes. Ou seja, se pensarmos a cultura como mercado, vamos ter apenas as produções de apelo comercial e os únicos produtores culturais que sobreviverão de seu trabalho em cultura serão aqueles ligados aos grandes empreendimentos, especialmente redes de televisão.
Então, efetivamente cultura não pode ser deixada à mercê do mercado. Se juntarmos a isso o fato de que não se faz cultura sem investimento, parece ficar claro que o poder público tem uma grande responsabilidade na criação de condições para a expressão da diversidade cultural e para o financiamento dos empreendimentos culturais locais e de pequeno porte. Ou seja, não faz sentido o Estado financiar um show do Roberto Carlos ou do Martinho da Vila – ou um filme do Daniel Filho ou do Arnaldo Jabor – mas faz todo o sentido (e é mesmo fundamental) que o Estado financie curtas metragens de diretores estreantes ou shows de música de artistas locais. Vale o mesmo raciocínio para o teatro, a dança, as artes plásticas etc. Em tempo: nada contra a arte do Roberto ou do Martinho. Uso-os apenas como exemplo de artistas já reconhecidos e estabelecidos, com apelo comwercial e que não precisam de financiamento do Estado.

Cultura e classes sociais
E com isso estamos na questão do caráter de classe da cultura. Existe um conjunto de manifestações culturais estabelecido e reconhecido, com mercado, com financiadores etc., e existem alguns conjuntos de manifestações culturais que ainda são vistas como não cultura, como coisa de baderneiros ou desocupados ou marginais. Por exemplo, o hip hop, o grafite, o teatro de rua. É interessante lembrar que o samba já foi perseguido no Brasil (e o maxixe, inclusive, era caso de polícia), que o roquenrol já perseguido, que o punk ainda é perseguido. Então podemos ver que também na cultura se estabelece uma linha divisória em torno das classes sociais. Não estou aqui a pregar luta de classes, mas chamo a atenção para a existência dessa luta. E principalmente quero destacar que a visão dominante de cultura tende a ser restritiva e a desqualificar como não cultura, não arte, não nada, as manifestações que não cabem dentro da televisão, dos teatrões e das salas de concerto. Um exemplo claro disso é que a sociedade e o Estado convivem pacificamente com a privatização do espaço público – lojas e bares que atravancam as calçadas, painéis publicitários que poluem a nossa visão – mas reage indignada se um grupo cultural pretende fechar uma rua ou ocupar uma praça para uma quermesse, uma apresentação de música ou teatro, uma oficina de grafite. Se alguém tentar grafitar um muro será acusado de vandalismo, se este mesmo alguém pintar uma mensagem comercial no mesmo muro, será um empreendedor.
Nesta linha vai o pensamento de Paulo Freire. Para ele cultura é atividade humana de trabalho que transforma, produzido por homens e mulheres que constituem diferentes movimentos e grupos culturais. Em seus livros “Ação Cultural para a Liberdade” e “Educação como Prática da Liberdade”, Paulo Freire vê “a cultura como aquisição sistemática da experiência humana”, como o “acrescentamento que o homem faz ao mundo que não fez. A cultura como resultado de seu trabalho. De seu esforço criador e recriador”. E tudo isso, diz ele, em um sentido de mão e contramão. Como afirma Carlos Rodrigues Brandão comentando estas obras no “Dicionário Paulo Freire”, “culturas são socialmente criadas, preservadas e transformadas em e como contextos políticos. Isto é, têm sempre a ver com a gestão do poder simbólico. Por isso seria possível falar em 'cultura dominante'; 'cultura dominada'; 'cultura alienada'; 'cultura popular'”. E Brandão continua, agora refletindo sobre a concepção de cultura popular de Paulo Freire: “Assim, em uma sociedade desigual, regida pela desigualdade em todos os setores da vida social, das relações de produção de bens materiais às relações simbólicas de criação e comunicação de significados e valores, as culturas das pessoas, grupos e classes subalternas são elas próprias regidas por uma autonomia muito restrita”.
Esta dominação de classe traduz-se, diz Paulo Freire, em uma “cultura do silêncio”, que é assim explicitada por Cecília Osowski no mesmo “Dicionário Paulo Freire”: “Para Paulo Freire a cultura do silêncio é produzida pela impossibilidade de homens e mulheres dizerem sua palavra, de manifestarem-se como sujeitos da práxis e cidadãos políticos, sem condições de interferirem na realidade que os cerca, geralmente opressora e/ou desvinculada da sua própria cultura. Ela [a cultura do silêncio] é o resultdo de ações político-culturais das classes dominantes, produzindo sujeitos que se encontram silenciados, impedidos de expressar seus pensamentos e afirmar suas verdades, enfim, negados em seu direito de agir e de serem autênticos.”

O que entendo por cultura
Cultura é um conceito difícil de definir com precisão, existindo mais de trezentas definições catalogadas nos manuais de antropologia cultural. Dentre estas, a noção mais aceita entre os antropólogos é a de modo de vida: a cultura corresponde ao modo de vida de um povo ou comunidade, constituindo e expressando o seu modo de sentir, pensar e agir. Esta noção – que é bastante adequada por ser sensível à diversidade cultural e à igualdade de direitos para as diferentes culturas - parte do princípio de que todos os povos ou grupos étnicos possuem cultura e nenhuma cultura é superior a outra.
Já desenvolvi isto em um artigo que postei lá nos primeiros dias de existência deste blog. Não vou reproduzir aqui aquela argumentação, mas retomo uma breve definição que coloquei como rodapé do blog:
A cultura, considerada como modo de vida, isto é, como o modo de sentir, pensar e agir de sociedades, povos ou nações, possui necessariamente três dimensões: a dimensão de produção simbólica (foco na valorização da diversidade, das expressões e dos valores culturais), a dimensão de direito da cidadania (foco nas ações de inclusão social por meio da cultura) e a dimensão econômica (foco na geração de empregos e renda, fortalecimento de cadeias produtivas e regulação).
Estas três dimensões do conceito de cultura precisam funcionar como tripé fundamental para o desenvolvimento das novas políticas culturais sob responsabilidade do poder público e devem estender-se de modo a embasar todas as políticas públicas para a cultura em todos os níveis de governo, tendo como parâmetros a promoção do acesso aos meios de fruição, produção e difusão cultural e o debate democrático dos critérios e objetivos da política cultural.

Penso que esta compreensão de cultura permite dar continuidade aos trabalhos do fórum e pode orientar suas discussões, pois se queremos democratizar a cultura é fundamental estabelecer um diálogo público sobre o fazer cultural, destacando a necessidade de um trabalho conjunto entre Estado e Sociedade para a construção de políticas públicas de cultura que contemplem a diversidade das expressões culturais no âmbito do município.
Esta postagem ficou enorme e por isso vou parar. Gostaria de comentários e outras opiniões.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Avaliando a reunião do dia 21

Na reunião do dia 21/01 participei apenas de primeira metade, em que foram levantadas diversas considerações sobre os problemas, dificuldades, necessidades e possibilidades do campo da cultura em Santa Cruz do Sul. Na segunda parte da reunião não pude estar presente e até agora não tive acesso a um relato consolidado da discussão sobre a constituição do Conselho Municipal de Cultura e sobre a continuidade e objetivos do nosso fórum. Porém, as informações que me chegaram através de algumas conversas e por email apontam para uma certa preocupação com o rumo do fórum. Penso que poderíamos ter aqui no blog uma rodada de relatos que socializassem para todos as impressões de cada um sobre a reunião para podermos pensar a continuidade.
De minha parte, penso ser importante esclarecer que este blog não tem dono, é de todos que, tendo participado de uma das duas reuniões do que estou chamando de fórum de cidadãos e cidadãs interessados na discussão democrática de políticas públicas para a cultura, deixaram um endereço eletrônico para poderem ser convidados como autores do blog. Ainda não fiz o convite aos companheiros e companheiras que estiveram na segunda reunião porque ainda não recebi a lista de presenças, que ficou com o Neidmar. Assim que tiver esta listagem encaminharei os convites para participarem da autoria do blog. Por enquanto podem participar fazendo comentários (peço que coloquem o nome nos comentário para que eu possa publicá-los como postagens).
Ao dizer que o blog é de todos nós, digo também que o blog não tem sentido sem o fórum. A função do blog é repercutir, aprofundar, ampliar, esclarecer, organizar, encaminhar, as questões surgidas na reunião presencial. Por isso defendo que continuemos tendo uma reunião por mês, desde que efetivamente usemos o blog para preparar a reunião. E assim como o blog, o fórum também não tem dono, é de todos que o fazem acontecer participando da reunião, fazendo convites para que outros participem, dando a sua opinião,apresentando propostas, dúvidas e sugestões, fazendo fluir a comunicação e o debate sobre a cultura. Aqueles de nós que chamaram a primeira reunião, que apareceram no jornal, que fizeramo blog, fizeram o que era preciso para dar início ao processo. Agora que o fórum está andando, a responsabilidade é de todos e ninguém têm mais peso ou privilégio por ter convocado a reunião. E se a responsabilidade é de todos, a continuidade está nas mãos de todos e de cada um.
Para mim esta continuidade é importante. Em um mês saltamos de 15 para 45 pessoas na reunião. 45 pessoas reunidas às 18 horas de uma quarta-feira de janeiro. É muita gente para perdermos esta possibilidade de trabalharmos juntos pelo desenvolvimento cultural do município. Ainda mais que estas 45 pessoas, na diversidade de suas atividades e interesses, expresssam o quanto é múltipla e complexa a questão cultural em nossa cidade.
Sendo assim, eu pergunto a todos: qual a avaliação da última reunião?, qual a data da próxima reunião?, que tópicos devem fazer parte da pauta?

Comentário
Iran Pas disse...

Ola! Olha só não pude estar presente na reunião em função de um compromisso na cidade de Charqueadas naquele dia. Gostaria de saber o que foi discutido para poder emitir alguns comentários e sugestões. Acredito que o fórum é importante e deve continuar como um espaço aberto e livre para debates sem oficialização (já existe uma série de entidades todas autônomas que atendem a segmentos importantes). O fórum me parece é um espaço de dialogo entre essas entidades e projetos culturais e dele devem surgir iniciativas como o conselho de cultura, proposições para as mais diferentes áreas culturais etc., no entanto nenhuma organização deve se sentir impelida a fazer parte ou mesmo a esse fórum decidir o que deve ou não ser feito em termos de cultura, mas reafirmo que ele é o espaço importante para debatermos e aprimorarmos e potencializarmos nossas ações.
26 de Janeiro de 2009 10:17

Caco Baptista disse...
Concordo com a intervenção do Iran. Penso que esta é a melhor maneira de tratarmos o fórum: um espaço para o debate, aprimoramento e potencialização de ações no campo cultural, sem a pretensão de substituirmos outros grupos, entidades e movimentos. Um espaço aberto a todos sem que ninguém precise ser obrigado a participar.
Se o fórum for este espaço aberto de discusões, a criação de comissões, comitês, grupos ou o que for, para estudos aprofundados ou implementação de propostas - grupos técnicos, como chegou a ser falado na reunião - pode ser feita, mas como iniciativa de pessoas e entidades e não do fórum. Ou seja, o fórum da cultura não quer ocupar nem o lugar do Departamento de Cultura nem do Novos Rumos nem competir com estas instâncias. Estudos técnicos são necessários e bem vindos, mas não cabe ao fórum formalizar projetos ou disputar espaços com quem quer que seja. Nosso objetivo é criar um espaço de debate que possa influenciar na melhoria das políticas de cultura em Santa Cruz do Sul.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

ainda a mídia livre - edital para pontos de mídia livre

Do blog do Rovai (http://www.revistaforum.com.br/sitefinal/blog/)

Pontos de Mídia Livre serão lançados em Belém
(22/01/2009 17:57)

Em junho do ano passado aconteceu o Fórum de Mídia Livre na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Uma das principais reivindicações daquele evento foi que nos moldes dos Pontos de Cultura fossem criados, pelo Governo Federal, mais precisamente pelo MinC, os Pontos de Mídia Livre.
Pois é, o secretário Célio Turino está indo a Belém para numa atividade do Fórum Mundial de Mídia Livre anunciar o lançamento do edital. Trata-se de uma conquista importantíssima e que precisa ser divulgada. E já há uma articulação em Vitória para que a prefeitura faça o mesmo, lançando um edital municipal. Isso pode começar a dar o mínimo de suporte para que floresçam iniciativas midialivristas Brasil afora.
Neste primeiro edital estará estabelecido que o MinC premiará 60 iniciativas de comunicação compartilhada, ou seja, midialivristas. Poderão candidatar-se blogs, sites, rádios e TVs livres, estúdios de produção de áudio e vídeo, fanzines e outras formas de mídia – desde que promovam interatividade com o público. Assim como os Pontos de Cultura – que se espalharam pelas periferias brasileiras e ganharam reconhecimento internacional – os Pontos de Mídia Livre rejeitam o papel tradicional do Estado. Quem produz Cultura (ou Comunicação) é a sociedade. Cabe ao poder público prover condições para tanto.
Dez Pontos de Mídia Livre, premiados na categoria nacional, receberão incentivo de R$ 120 mil, para multiplicar e aperfeiçoar seu trabalho. Cinqüenta Pontos, na categoria regional ou local, receberão R$ 40 mil cada um. Os detalhes do edital estão em www.cultura.gov.br/cultura_viva.
Estaremos em Belém com o secretário Célio Turino para debater a questão. O evento será no dia 29 de janeiro (quinta-feira), das 12h as 15h, e faz parte da programação do Fórum Mundial de Mídia Livre.
Local: UFPA Profissional, bloco KP, sala KP07.
Participantes: Célio Turino (Ministério da Cultura), Antônio Martins (Le Monde Diplomatique Brasil), Renato Rovai (Revista Fórum), Ivana Bentes (UFJR), Giusepe Cocco (Revista Global) e Altamiro Borges (site Vermelho).

Mídia Livre

Aina à espera de notícias sobre as deliberações da reunião de quarta, aproveito para postar matéria publicada no blog do Rovai (http://www.revistaforum.com.br/sitefinal/blog/) sobre o Fórum Mundial de Mídia Livre.


Midialivristas do mundo todo, unamo-nos
(16/01/2009 19:24)

Debater alternativas para construir uma nova estrutura de comunicação planetária é fundamental para que possamos sonhar com um Outro Mundo Possível. Nos dias 26 e 27 de janeiro, midialivristas de todos os cantos do planeta vão se reunir em Belém para encarar esse desafio. Estaremos lá construindo juntos a primeira edição do Fórum Mundial de Mídia Livre. A programação terá duas mesas, um seminário e um assembléião de confraternização e encaminhamentos.

A primeira mesa será sobre “Como Ampliar o Midialivrismo”. A idéia é debater formas de aumentar a capacidade de nossa rede de informação para que os veículos que produzimos se tornem ainda mais fortes.

A verdade é que o campo da informação midialivrista já é muito maior do que nossos adversários midiáticos gostariam que fosse. E só não tem sua real importância reconhecida porque se isso acontecer teremos de receber o apoio que eles recebem, por exemplo, em verbas públicas.

A mesa dois será: “A Mídia e a Crise”. Nela será discutido o comportamento e a responsabilidade dos conglomerados midiáticos na atual crise da globalização. O processo de desinformação a que fomos submetidos teve e tem um preço. E a mídia comercial é sócia desta conta.

Ainda no primeiro dia acontecerá o Seminário de Comunicação Compartilhada, que tem, como um dos objetivos, criar interação entre projetos e midialivristas brasileiros e internacionais no exercício de outra comunicação.

No dia 27, antes da marcha, a idéia que está em debate é de realizar uma grande assembléia/confraternização de midialivristas. Nela, os participantes poderiam tanto apresentar seus projetos, como propostas de luta e/ou mesmo buscar parceiros para novas iniciativas midiáticas.

Como tudo que acontece na dinâmica do FSM, o FMML também vem sendo realizado na militância e na base do consenso progressivo.

Nos próximos dias, teremos outras novidades. O mais importante agora é que você nos ajude na divulgação e construção deste evento. Coloque o link da programação no seu site, blogue, portal. Divulgue na sua rádioweb. Grite aí pro vizinho do lado. Vamos fazer barulho juntos. E mostrar a força que esse movimento já tem.

http://forumdemidialivre.blogspot.com/

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

E aí, como foi a reunião?

Tivemos ontem nossa segunda reunião. Estiveram presentes mais de 40 pessoas dos mais variados segmentos da sociedade. Além de dirigentes de entidades culturais, de artistas reconhecidos e outros iniciando sua caminhada, tivemos uma forte representação da SMEC e do Departamento de Cultura, um vereador e, para o meu gosto a melhor parte, diversas pessoas ligadas a movimentos sociais como associações de moradores, associação de catadores de material reciclável e membros de diferentes Conselhos Municipais(das mulheres,da igualdade racial,dos deficientes visuais e auditivos).
Tive de sair antes do final e perdi a discussão sobre o Conselho Municipal de Cultura. Estou curioso parasaber como se deu esta discussão, que é um dos principais motivos que me levaram a participar deste fórum. Repito que não sei o que foi debatido nem qual era a proposta do Departamento de Cultura, mas entendo que o fato do DC estar reportando-se ao nosso fórum para apresentar em primeira mão suas idéias é algo muito importante e que precisa ser destacado. Penso que indica uma postura séria e aberta do governo municipal diante da discussão cultural e indica também a força e a importância da articulação cidadã. Espero que possamos avançar neste tópico e continuar fazendo uma interlocução transparente e responsável, tendo em mente a busca do melhor para a cultura em Santa Cruz do Sul.
Espero notícias de quem esteve até final e peço que algum dos autores do blog poste aqui um relato dos debates e as decisões tomadas.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

proposta de pauta para a reunião de quarta-feira dia 21/01 no Espaço Camarim das 18h às 20h

Quero adiantar uma proposta de pauta para a nossa reunião. Obviamente, a decisão sobre pauta e funcionamento da reunião deve ser tomada na própria reunião, em seus minutos iniciais, mas penso que adiantar agora uma proposta ajudará a ganharmos tempo no dia. Considerando o que foi conversado na reunião anterior e também as propostas e sugestões que surgiram depois (seja no blog, seja em conversas pela cidade) proponho a seguinte pauta:

organização da reunião - proposta de divisão do tempo (120 min):
brevíssima apresentação dos presentes – 10 min

definição da pauta - 15 min

o que queremos para a cultura em SCS
- 30 min
propostas para construir uma política cultural,
propostas de ações culturais específicas,
sugestões diversas

Conselho Municipal de Cultura - 30 min
o que é?
por que criar?
como constituir?
qual o pensamento da SMEC?

o que queremos com nossa articulação e qual o nosso próximo passo?
- 30 min
quais são nossos objetivos e expectativas?
como dar continuidade ao fórum?
como nos organizarmos?
quais os objetivos imediatos?
qual o objetivo estratégico?


todos os presentes têm direito a voz e voto
para falar cada participante deve inscrever-se junto à coordenação da reunião e terá 3 minutos para a sua manifestação

sugestões para a reunião de quarta

Recebi a mensagem abaixo do artista plástico Joe Nunes com uma convocatória à participação na nossa reunião de quarta-feira, dia 21. A mensagem trás também alguns comentários sobre a entrevista da secretária de educação e cultura publicada no sábado e ainda algumas sugestões de pauta para a reunião. Quero agradecer ao Joe pela mensgem e pelo empenho.


"Olá companheiros e companheiras artistas e batalhadores da arte em Santa Cruz,

Após a 1ª reunião em dezembro do ano passado o fórum de discussões sobre a cultura em nosso município, na qual infelizmente não estive presente, ficou agendada a data para a segunda reunião:

Data: 21 de janeiro (quarta-feira)
Local: Espaço Camarim (Marechal Floriano esquina Borges de Medeiros, ao lado da Livraria Iluminura).
Horário: 18 horas e término às 20 horas


Hoje no jornal Gazeta do Sul a Secretária de Educação e Cultura de Santa Cruz expôs os seus projetos para a cultura no município. No entanto, em momento algum sequer comentou no maior problema enfrentado pelos artistas do município: INCENTIVO (não tapinha nas costas e elogios e sim o reconhecimento aos artistas -verdadeiros- que almejam viver de sua arte).
Nunca alguma Secretaria de Educação e Cultura deu apoio financeiro para os artistas daqui. Tenho certeza que com a nossa união em torno disso poderemos alcançar algumas e fundamentais metas:
1. A divisão com igualdade dos espaços de cultura e oportunidades. Retirando da mão de uma elite ultrapassada o controle das expressões culturais do município (A verdadeira democratização da cultura)
2. A criação de uma LEI MUNICIPAL DE INCENTIVO A CULTURA (sendo que o fundo já existe).
3. A criação do CONSELHO MUNICIPAL DE CULTURA (para que os principais interessados (artistas e comunidade) possam gerir as verbas do Fundo Municipal de Cultura e decidir horizontalmente sobre o que deve ser feito no município sobre o assunto arte e cultura. Como presidente de um conselho municipal (Compede) tenho experiência de sobra para saber que um conselho só tem legitimidade quando é criado dentro da sociedade civil e a mesma é quem pauta o município (e não o contrário) no que diz respeito aos seus interesses e o que pretende realizar.

A sugestão é de que nessa reunião seja articulada uma comissão para a criação do CONSELHO MUNICIPAL DE CULTURA.

Lembro a todos e todas que se tornou lugar comum em conversas com artistas à queixa de que a situação da cultura em Santa Cruz é de mal a pior. Então está na hora de descruzarmos os braços e fazermos algo para mudarmos isso! Espero que a nossa prática não fique longe de nosso discurso... Essa é a hora!
Joe Nunes
Artista Plástico

sábado, 17 de janeiro de 2009

reunião no dia 21, 18 horas, Espaço Camarim

Lembro a todos que no dia 21 de janeiro, quarta-feira, teremos a próxima reunião do nosso fórum da cultura. A reunião acontecerá no Espaço Camarim (Marechal Floriano, entre a livraria Iluminura e a choperia Provisório)das 18 h às 20 horas.
Entre os pontos de discussão teremosos próximos passos da organização do fórum e a proposta de criação do Conselho Municipal de Cultura. Num próximo post pretendo apresentar uma sugestão de pauta.

entrevista com a secretária de educação e cultura

meus amigos, transcrevo aqui a entrevista da secretária da SMEC para o jornal Gazeta do Sul. A entrevista foi feita pelo jornalistaRoberto Patta e foi publicada na edição de hoje do jornal,na página 3 do caderno Magazine. O link para a matéria do jornal é http://www.gazetadosul.com.br/default.php?arquivo=_noticia.php&intIdConteudo=107879&intIdEdicao=1680


Hora de revitalizar a cultura Gazeta do Sul, Ano 64 - sábado e domingo, 17 e 18 de janeiro de 2009

Planos não faltam na gestão da secretária de Educação e Cultura, Rejane Frantz Henn. Depois de renunciar à presidência do 18º Núcleo do Cpers/Sindicato, ela encara agora o desafio de revitalizar o setor em Santa Cruz do Sul e com uma meta bem definida: tornar o município um polo regional das artes. Mas para isso não estará sozinha. Ela escolheu a ex-secretária de Cultura e Turismo de Vera Cruz, Marli Silveira, para dirigir o Departamento de Cultura.

“Queremos aproximar a educação da cultura, com ações planejadas e integradas.” Junto com a elaboração de projetos, a secretária quer captar recursos, especialmente no âmbito federal. “Buscaremos incentivos de grandes empresas da iniciativa privada, através de editais que elas lançam. Estaremos atentos para tentar encaixar projetos que já estão sendo pensados para conseguirmos revitalizar a cultura.”

Conforme Rejane, a criação do Fundo Municipal da Cultura é um dos primeiros passos da nova administração. “Também pensamos na criação do Conselho Municipal da Cultura, que já existiu em outras épocas, porque uma das marcas do nosso governo é o apoio aos Conselhos. Eles são representativos e expressam a opinião de segmentos importantes da sociedade.”

Várias oficinas que atendem às comunidades escolares e o público em geral estão em andamento. A ideia é ampliar as vagas e levá-las aos bairros. “Vamos transformar a unidade móvel de informática na da cultura e fazer articulações com os bairros, especialmente da periferia, para levarmos a cultura onde o povo está.”

O que diz a Secretária
Memorial das Artes de Santa Cruz (Masc) “Precisamos aproveitar melhor o espaço em parceria com as escolas. O Memorial já trouxe importantes exposições e pensamos que tenha que ser melhor articulado com as escolas. Num primeiro momento, ainda precisamos de funcionários, tem alguns deles que os contratos estão findando e estamos trabalhando para reorganizar isso. A ideia é que fique aberto em horários alternativos, como ao meio-dia e à tardinha para que as pessoas, especialmente os trabalhadores do comércio, tenham oportunidade de apreciar a arte.”
Centro de Cultura Jornalista Francisco José Frantz “Vamos revitalizá-lo, porque lá temos um espaço interessante na parte de cima e que não está sendo bem aproveitado. Uma das ideias é oferecer algumas oficinas.”
Cultura para todos “Pensamos em levar as manifestações culturais para os bairros, porque é uma questão que tem que ser construída para mudar a mentalidade. O Masc não pode ser apenas de uma camada social, a Casa das Artes Regina Simonis de outra e o Centro de Cultura para outra. O espaço é de todos e é nesse sentido que estamos trabalhando. Não é uma coisa que acontece de uma hora para outra, é um processo. Nas nossas jornadas pedagógicas, já estamos trazendo a questão para o debate da diversidade cultural. É plantar a sementinha entre os professores, entre os profissionais da educação, para que eles, articulados com o Departamento de Cultura, possam fazer esse link.”
Escolha de Marli “Foi uma pessoa que realizou um ótimo trabalho em Vera Cruz. Ela tem uma afinidade com o nosso projeto. Lá, num município pequeno, com pouco recurso, com um número reduzido de profissionais trabalhando pela cultura, se conseguiu fazer muitas coisas e houve um salto de qualidade. O nosso convite foi pela experiência que ela adquiriu na elaboração de projetos e captação de recursos. Queríamos aliar isso, essa experiência, com o perfil que a coordenadora Marli tem.”
Visitação no vagão de trem “A ideia era trazer mais de um vagão e uma locomotiva. Ela está trancada no porto de Tubarão. Houve um problema técnico e prático para retirar essa máquina, mas para isso teria que dar uma contrapartida de qualquer outra máquina, e houve um problema nessa tramitação. Por questão de orçamento, se acabou ficando com apenas um vagão. A ideia era colocar exposições num, vídeo no outro, além de outras atividades. Queremos trazer o trem de volta, como foi no passado, e resgatar a história do município. Há um projeto da nova gestão de se fazer um concurso de curtas, há captação de recursos de fora para isso, através de projeto. As escolas participariam. Os alunos seriam os atores. Pensamos ainda em uma exposição fotográfica e apresentação de vídeos produzidos pelos estudantes. É um projeto que parte do que já existe. Estamos tentando acrescentar novas ideias.”
Localização da Biblioteca “Concordamos com a ideia de que é preciso levar a Biblioteca Pública Municipal para mais perto do centro da cidade. As pessoas precisam desse espaço para a leitura, especialmente nos horários do meio-dia e final da tarde. No momento, não temos um espaço disponível, mas há uma ideia de se aproveitar o prédio da Prefeitura, na Praça da Bandeira. Aquele prédio tem problemas estruturais e precisaria passar por uma ampla reforma. No momento, também não há recursos. Pensamos que é preciso elaborar um grande projeto. Vamos discutir com a sociedade se esse é o melhor espaço ou se existe um local alternativo. Em maio, estaremos elaborando o Plano Plurianual e é possível que apresentemos essa possibilidade. Existem verbas do Ministério da Cultura e estamos pesquisando para saber até que ponto seria viável a captação de recursos para reforma de prédio histórico.”

Outras
– Criar programas como o Domingo da Arte, na Praça Siegfried Heuser, reunindo artistas e outros profissionais e garantindo finais de semanas de lazer, cultura e entretenimento à comunidade santa-cruzense.
– Organizar festivais de artes cênicas e música.
– Em parceria com o Centro de Ensino e Pesquisas Arqueológicas (Cepa) da Unisc, Museu do Colégio Mauá, Departamento de História da Unisc e Centro de Documentação (Cedoc), elaborar e dar andamento a uma política pública municipal de apoio e promoção ao patrimônio, memória e história.
– Inserir o município em programas, projetos e editais dos governos estadual e federal.
– Apoiar bandas, grupos, movimentos, entre outras entidades artísticas, e realizar parcerias com outras entidades culturais ou que realizem projetos no setor cultural (Sesc, Unisc, Sesi, Pró-Cultura, Associação dos Amigos do Cinema e outras).

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

BID recebe propostas para apoiar projetos de desenvolvimento cultural

Recebi esta mensagem de um dos seguidores do blog e coloco na roda para os interessados:


O Centro Cultural do Banco Interamericano de Desenvolvimento [BID] está recebendo propostas para concessão de ajuda financeira a projetos de desenvolvimento cultural de pequena escala em 2009. As candidaturas devem ser feitas até 31 de janeiro, junto às representações do BID nos 26 países da América Latina e do Caribe que são membros mutuários do banco. As doações, únicas, em valores que variam de US$ 3 mil a US$ 10 mil, serão concedidas a projetos que satisfaçam uma necessidade local, contribuam para os valores culturais, estimulem a atividade econômica e social de forma inovadora e bem-sucedida, apóiem a excelência artística e contribuam para o desenvolvimento dos jovens e da comunidade. O edital, assim como outras informações, estão disponíveis em
http://www.iadb. org/exr/cultural /information_ bulletins/ BASES08_por. pdf.

sábado, 10 de janeiro de 2009

13 pontos para uma política cultural com vistas à democratização da cultura

Vou retomar minha postagem de 25 de dezembro e reapresentar a proposta de 13 pontos para uma política cultural com vistas à democratização da cultura. Percebam que sou insistente: apresentei estes pontos na primeira reunião, os reapresentei aqui no blog e volto a fazê-lo agora. A cada versão, uma revisão. A cada revisão, algumas pequenas modificações. Penso que o debate público pode levar a novas revisões e outras tantas modificações. Se isso ocorrer, deixa de ser a proposta de um indivíduo e passa a ser a proposta coletiva dos debatedores (por extensão, de todo o fórum).
Penso que se a gente quer meso "democratizar", "descentralizar", "repensar", a cultura no município, precisamos apresentar idéias para o debate público. É o que faço com estes 13 pontos: apresento idéias para serem debatidas, idéias em elaboração, sem certezas. No debate, poderão ser aperfeiçoadas, modificadas, descartadas, ampliadas, reduzidas.
Não penso que estes 13 pontos devam ser objeto de discussão na reunião do Fórum dia 21 de janeiro. Penso que, se for o caso, o debate deve ser feito no blog. Para a reunião do dia 21 apresentarei uma proposta de pauta numa próxima postagem.
Caco


13 pontos para uma política cultural com vistas à democratização da cultura

1.integrar a Política Cultural do município ao processo de desenvolvimento local (econômico, social, político), compreendendo a cultura como processo social de produção e estimulando a consolidação da cadeia produtiva da cultura como política de geração de trabalho e renda;
2.articular a política pública de cultura às políticas públicas de educação e de juventude, elaborando e desenvolvendo programas e projetos em conjunto com as instâncias responsáveis por estas áreas;
3.reconhecer o pluralismo e a diversidade culturais, respeitando as diferentes identidades e formas de expressão, resgatando as culturas de comunidades esquecidas e estimulando a valorização de raízes e heranças culturais e identitárias;
4.compreender a participação da sociedade como principio constitutivo do processo de formulação de políticas culturais, definindo canais e formas de debate e participação dos cidadãos nas decisões culturais do município (como conselhos, fóruns, conferências, etc.);
5.descentralizar e democratizar as atividades e serviços culturais, possibilitando e facilitando o acesso da população aos bens e equipamentos culturais do município, promovendo atividades e projetos nos bairros, garantindo infra-estrutura para atividades culturais comunitárias e apoiando a formação de redes e entidades culturais independentes
6.promover a integração cultural/social no âmbito da vida cotidiana, estimulando a apropriação cultural de espaços públicos (praças, ruas, pontos de ônibus, etc.) e disseminando oportunidades de fruição cultural;
7.estimular a formação cultural dos agentes culturais municipais (bibliotecários, professores, oficineiros, artistas, técnicos, funcionários de centros e casas de cultura, gestores culturais de diversas áreas e níveis) através de programas específicos de formação continuada (em parceria com universidades, com o MinC etc);
8.estimular a formação cultural da população, constituindo núcleos de aprendizado, produção e assessoria à expressão artística, articulando e oferecendo laboratórios de apoio à expressão e oficinas de arte, abrangendo técnicas de criação e produção em áreas como teatro, música, literatura, artes plásticas, vídeo, fotografia, dança etc
9.descobrir e estimular o trabalho experimental das comunidades locais e de artistas não consagrados, bem como resgatar e estimular a produção cultural tradicional das comunidades locais e de artistas não conhecidos;
10.apoiar e valorizar os artista locais, nas diferentes linguagens e expressões artísticas, estimulando a viabilização de um circuito artístico profissional e disponibilizando locais para a produção e apresentação de seus trabalhos (conforme critérios específicos a definir);
11.recuperar e manter a memória cultural do município, estimulando a realização de pesquisas, gravação de entrevistas e depoimentos, resgate e organização de arquivos, coleções de documentos e acervos de obras de arte etc;
12.instituir programas de educação pela cultura, organizados conjuntamente com os educadores e alunos da rede escolar no município, envolvendo a realização de eventos complementares aos conteúdos escolares, como espetáculos, mostras culturais e científicas, exposições de cultura ou arte, conferências e debates, exibição de filmes, visitas orientadas a museus, galerias, prédios e monumentos históricos e a locais de interesse geográfico, geológico, sociológico, antropológico etc ;
13.propor a fixação de dotações orçamentárias específicas para a cultura, vinculadas à arrecadação tributária municipal, bem como a constituição de um fundo municipal de cultura e a definição de critérios para o financiamento público da cultura.

sábado, 3 de janeiro de 2009

sugestão de pauta

Quero destacar que o blog recebeu um primeiro comentário (no post Miscelânea), com uma sugestão de ponto de discussão para a próxima reunião. O comentário foi feito por alguém que nã deixou o nome. Penso que é um tópico importante e que deve sim merecer nossa atenção:

"Um assunto importante que deve ser colocado em pauta para a próxima reunião, é o que trata do resgate e manutenção a memória cultural do município: pesquisas,depoimentos, gravações, arquivos, estímulos a participação da população, acervo de obras de arte etc."
30 de Dezembro de 2008 14:42