Espaço para interação de cidadãos e cidadãs interessados no debate de políticas públicas para a cultura no município de Santa Cruz do Sul

sábado, 17 de janeiro de 2009

entrevista com a secretária de educação e cultura

meus amigos, transcrevo aqui a entrevista da secretária da SMEC para o jornal Gazeta do Sul. A entrevista foi feita pelo jornalistaRoberto Patta e foi publicada na edição de hoje do jornal,na página 3 do caderno Magazine. O link para a matéria do jornal é http://www.gazetadosul.com.br/default.php?arquivo=_noticia.php&intIdConteudo=107879&intIdEdicao=1680


Hora de revitalizar a cultura Gazeta do Sul, Ano 64 - sábado e domingo, 17 e 18 de janeiro de 2009

Planos não faltam na gestão da secretária de Educação e Cultura, Rejane Frantz Henn. Depois de renunciar à presidência do 18º Núcleo do Cpers/Sindicato, ela encara agora o desafio de revitalizar o setor em Santa Cruz do Sul e com uma meta bem definida: tornar o município um polo regional das artes. Mas para isso não estará sozinha. Ela escolheu a ex-secretária de Cultura e Turismo de Vera Cruz, Marli Silveira, para dirigir o Departamento de Cultura.

“Queremos aproximar a educação da cultura, com ações planejadas e integradas.” Junto com a elaboração de projetos, a secretária quer captar recursos, especialmente no âmbito federal. “Buscaremos incentivos de grandes empresas da iniciativa privada, através de editais que elas lançam. Estaremos atentos para tentar encaixar projetos que já estão sendo pensados para conseguirmos revitalizar a cultura.”

Conforme Rejane, a criação do Fundo Municipal da Cultura é um dos primeiros passos da nova administração. “Também pensamos na criação do Conselho Municipal da Cultura, que já existiu em outras épocas, porque uma das marcas do nosso governo é o apoio aos Conselhos. Eles são representativos e expressam a opinião de segmentos importantes da sociedade.”

Várias oficinas que atendem às comunidades escolares e o público em geral estão em andamento. A ideia é ampliar as vagas e levá-las aos bairros. “Vamos transformar a unidade móvel de informática na da cultura e fazer articulações com os bairros, especialmente da periferia, para levarmos a cultura onde o povo está.”

O que diz a Secretária
Memorial das Artes de Santa Cruz (Masc) “Precisamos aproveitar melhor o espaço em parceria com as escolas. O Memorial já trouxe importantes exposições e pensamos que tenha que ser melhor articulado com as escolas. Num primeiro momento, ainda precisamos de funcionários, tem alguns deles que os contratos estão findando e estamos trabalhando para reorganizar isso. A ideia é que fique aberto em horários alternativos, como ao meio-dia e à tardinha para que as pessoas, especialmente os trabalhadores do comércio, tenham oportunidade de apreciar a arte.”
Centro de Cultura Jornalista Francisco José Frantz “Vamos revitalizá-lo, porque lá temos um espaço interessante na parte de cima e que não está sendo bem aproveitado. Uma das ideias é oferecer algumas oficinas.”
Cultura para todos “Pensamos em levar as manifestações culturais para os bairros, porque é uma questão que tem que ser construída para mudar a mentalidade. O Masc não pode ser apenas de uma camada social, a Casa das Artes Regina Simonis de outra e o Centro de Cultura para outra. O espaço é de todos e é nesse sentido que estamos trabalhando. Não é uma coisa que acontece de uma hora para outra, é um processo. Nas nossas jornadas pedagógicas, já estamos trazendo a questão para o debate da diversidade cultural. É plantar a sementinha entre os professores, entre os profissionais da educação, para que eles, articulados com o Departamento de Cultura, possam fazer esse link.”
Escolha de Marli “Foi uma pessoa que realizou um ótimo trabalho em Vera Cruz. Ela tem uma afinidade com o nosso projeto. Lá, num município pequeno, com pouco recurso, com um número reduzido de profissionais trabalhando pela cultura, se conseguiu fazer muitas coisas e houve um salto de qualidade. O nosso convite foi pela experiência que ela adquiriu na elaboração de projetos e captação de recursos. Queríamos aliar isso, essa experiência, com o perfil que a coordenadora Marli tem.”
Visitação no vagão de trem “A ideia era trazer mais de um vagão e uma locomotiva. Ela está trancada no porto de Tubarão. Houve um problema técnico e prático para retirar essa máquina, mas para isso teria que dar uma contrapartida de qualquer outra máquina, e houve um problema nessa tramitação. Por questão de orçamento, se acabou ficando com apenas um vagão. A ideia era colocar exposições num, vídeo no outro, além de outras atividades. Queremos trazer o trem de volta, como foi no passado, e resgatar a história do município. Há um projeto da nova gestão de se fazer um concurso de curtas, há captação de recursos de fora para isso, através de projeto. As escolas participariam. Os alunos seriam os atores. Pensamos ainda em uma exposição fotográfica e apresentação de vídeos produzidos pelos estudantes. É um projeto que parte do que já existe. Estamos tentando acrescentar novas ideias.”
Localização da Biblioteca “Concordamos com a ideia de que é preciso levar a Biblioteca Pública Municipal para mais perto do centro da cidade. As pessoas precisam desse espaço para a leitura, especialmente nos horários do meio-dia e final da tarde. No momento, não temos um espaço disponível, mas há uma ideia de se aproveitar o prédio da Prefeitura, na Praça da Bandeira. Aquele prédio tem problemas estruturais e precisaria passar por uma ampla reforma. No momento, também não há recursos. Pensamos que é preciso elaborar um grande projeto. Vamos discutir com a sociedade se esse é o melhor espaço ou se existe um local alternativo. Em maio, estaremos elaborando o Plano Plurianual e é possível que apresentemos essa possibilidade. Existem verbas do Ministério da Cultura e estamos pesquisando para saber até que ponto seria viável a captação de recursos para reforma de prédio histórico.”

Outras
– Criar programas como o Domingo da Arte, na Praça Siegfried Heuser, reunindo artistas e outros profissionais e garantindo finais de semanas de lazer, cultura e entretenimento à comunidade santa-cruzense.
– Organizar festivais de artes cênicas e música.
– Em parceria com o Centro de Ensino e Pesquisas Arqueológicas (Cepa) da Unisc, Museu do Colégio Mauá, Departamento de História da Unisc e Centro de Documentação (Cedoc), elaborar e dar andamento a uma política pública municipal de apoio e promoção ao patrimônio, memória e história.
– Inserir o município em programas, projetos e editais dos governos estadual e federal.
– Apoiar bandas, grupos, movimentos, entre outras entidades artísticas, e realizar parcerias com outras entidades culturais ou que realizem projetos no setor cultural (Sesc, Unisc, Sesi, Pró-Cultura, Associação dos Amigos do Cinema e outras).

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